Mesmo antes da internet, as pessoas já estavam procurando maneiras de evitar receber anúncios indesejados. Afinal, ninguém gosta de ver uma publicidade chata atrapalhar seus momentos de lazer, independente do suporte. Veja tudo o que você precisa saber sobre os bloqueadores de anúncios.
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A ascensão da publicidade digital trouxe novas possibilidades. Enquanto os anunciantes podem acessar uma grande quantidade de dados para criar publicidades melhores e mais direcionadas, os clientes também podem criar e ter acesso a ferramentas que lutam contra anúncios que consideram abusivos. Este cenário levou à onda de ad blockers ou bloqueadores de anúncios.
O bloqueador de anúncios mais popular é o Adblock Plus, um software que usa listas de filtros para bloquear anúncios de sites. Essencialmente, essas listas são um conjunto de regras que permitem que o bloqueador saiba quais elementos de um site devem ser bloqueados.
De acordo com um estudo do Interactive Advertising Bureau (IAB), 26% dos usuários de desktop e 15% dos usuários móveis usam ad blockers para remover anúncios de sites de editores e informou que 21,8 bilhões de dólares em receita global de anúncios serão bloqueados este ano devido a este tipo de programa.
Os anunciantes agora têm que encontrar maneiras de passar pelos ad blockers para alcançar os consumidores, e têm que fazer isso de uma forma que não vá incomodá-los. Será necessário pensar cada vez mais fora da caixa, encontrando formas positivas de impactar as pessoas. Mas a primeira coisa a fazer é saber mais sobre os bloqueadores de anúncios e entender as razões por trás de sua adoção.
De acordo com um estudo conduzido pela Sourcepoint em parceria com a comScore, os millennials são o grupo mais provável de usar ad blockers. E, dentro deste grupo, aqueles com rendimentos mais elevados têm uma tendência ainda maior de instalar esses programas em seus dispositivos.
Uma vez que este é um grupo que tende a consumir muito, a utilização de bloqueadores de anúncios pode representar uma ameaça muito real para qualquer anunciante. Em um nível mais profundo, isso significa que há uma dissonância entre o anunciante e o consumidor.
Mas vale lembrar que os bloqueadores não bloqueiam todos os anúncios. Eles apenas bloqueiam os “anúncios ruins”, ou seja, qualquer coisa que o programa considere muito grande, feia ou invasiva para os usuários. O objetivo do AdBlock Plus, por exemplo, é substituir os anúncios ruins por bons, que são menores, mais sutis e menos irritantes.
Num estudo realizado pela HubSpot, a maioria dos consumidores concordou que os anúncios são mais invasivos hoje do que eram há alguns anos. Parece que o problema que os consumidores têm com os anúncios não é tanto com a ideia de um anúncio em si, mas com o tamanho, o posicionamento e quanto eles perturbam as experiências online dos usuários.
E se você pensou que os prestadores de serviços online aceitariam isso facilmente, você não poderia estar mais enganado. Na verdade, a mídia social, em particular, está buscando muitas formas de ir contra os ad blockers.
No início deste ano, o Facebook anunciou que forçaria anúncios a serem exibidos para todos os usuários, independentemente de usarem ou não bloqueadores de anúncios. Para eles, uma perda de influência e credibilidade na publicidade online fere drasticamente o seu negócio, que depende fortemente de anúncios para financiar o site.
A comunidade em torno do Adblock Plus rapidamente encontrou uma solução alternativa para essa novidade. Desde então, eles se envolveram em diversas discussões, embora o Facebook pareça ter uma vantagem técnica devido ao seu tamanho e capacidade de trabalhar rapidamente em uma solução para quaisquer novas atualizações dos ad blocks.
A Online Trust Alliance (OTA) também lançou um documento em que mostra os perigos enfrentados pela indústria da publicidade online. Ela observa que, além da preocupação com os anunciantes, um colapso na indústria de anúncios seria ruim para os consumidores. A OTA defende ênfase na experiência do usuário, transparência, impacto no desempenho do dispositivo, segurança e privacidade na indústria de anúncios.
Enquanto isso, empresas como a Netflix estão se associando com editores para desenvolver soluções criativas para combater os bloqueadores de anúncios. A Netflix segmentou os usuários de bloqueadores de anúncios para promover uma de suas séries originais mostrando a eles que a publicidade online pode ser sim, muito interessante e inteligente.